terça-feira, 22 de março de 2016

Curso: “Filosofia da Arte e o Mito fundador do Brasil”


Curso: “Filosofia da Arte

e o Mito fundador do Brasil”

Professor: Francisco José Nunes

(Mestre em Ciências Sociais – PUC-SP;
Graduado em Filosofia – UNIFAI-SP;
Professor de Filosofia na Faculdade Cásper Líbero)

Datas: 02, 09 e 16 de abril (sábados)

Horário: das 10h às 12h

Locais:

1.     Livraria PAULUS – Vila Mariana (dias 02 e 09)
Rua Pinto Ferraz, 207 – Fone: 5571-6458 (Inscrições)
2.     Pinacoteca – Visita monitorada (dia 16)


Taxa: R$20,00.

Apresentação

O curso pretende proporcionar uma reflexão sobre a construção do “Mito fundador do Brasil”. O estudo buscará compreender as contradições entre a “terra abençoada por Deus”, o “Paraíso Terrestre” e ao mesmo tempo a “terra da escravidão e da tortura”; a formulação da “ideologia do verdeamarelismo”; a construção da “sociedade autoritária; e, as disputas entre os diversos projetos de sociedade para o Brasil.
         As reflexões serão apoiadas nas análises de obras de artes que buscaram representar os contrastes da sociedade brasileira. Alguns artistas estarão em destaque: Debret, Pedro Américo, Victor Meirelles, José Maria de Medeiros, Benedito Calixto, Rugendas, Almeida Júnior, Antonio Parreiras, Anita Malfatti, Portinari, Tarsila do Amaral, Cildo Meireles, Nelson Lerner.
         As referências bibliográficas serão: “Brasil: Mito fundador e sociedade autoritária”, de Marilena Chaui; “Brasil: uma biografia”, de Lilia Schwarcz”; e, “A escravidão no Brasil”, de Joel Rufino dos Santos.

Metodologia:

Análise de textos selecionados, análises de obras de arte, visita ao museu.

Público-alvo:

Pessoas interessadas em Filosofia, Artes e História do Brasil; estudantes do Ensino Médio e Superior; ativistas sociais; e, interessados em geral.

Sobre o “Mito fundador e a sociedade autoritária”:

“Uma representação ideológica que serve aos interesses dos que mandam e sempre mandaram em nosso país. Uma ideia que permite, por exemplo, alguém afirmar que os índios são ignorantes, os negros são indolentes, os nordestinos são atrasados, os portugueses são burros, as mulheres são naturalmente inferiores, mas, simultaneamente, declarar que se orgulha de ser brasileiro porque somos um povo sem preconceitos e uma nação nascida da mistura de raças. Alguém pode dizer-se indignado com a existência de crianças ou com o desperdício de terras não cultivadas e os massacres dos sem-terra, mas, ao mesmo tempo, afirmar que se orgulha de ser brasileiro porque somos um povo pacífico, ordeiro e inimigo da violência. Em suma, essa representação permite que uma sociedade que tolera a existência de milhões de crianças sem infância e que, desde o seu surgimento, pratica o apartheid social possa ter de si mesma a imagem positiva de sua unidade fraterna” (apresentação do livro: “Brasil: Mito fundador e sociedade autoritária”, de Marilena Chaui).

Nenhum comentário:

Postar um comentário