Curso:
“Filosofia da Arte
e
o Mito fundador do Brasil”
Professor:
Francisco José Nunes
(Mestre
em Ciências Sociais – PUC-SP;
Graduado em Filosofia – UNIFAI-SP;
Professor de
Filosofia na Faculdade Cásper Líbero)
Datas:
02, 09 e 16 de abril (sábados)
Horário:
das 10h às 12h
Locais:
1.
Livraria PAULUS – Vila Mariana (dias 02 e
09)
Rua
Pinto Ferraz, 207 – Fone: 5571-6458 (Inscrições)
2. Pinacoteca
– Visita monitorada (dia 16)
Taxa:
R$20,00.
Apresentação
O
curso pretende proporcionar uma reflexão sobre a construção do “Mito fundador
do Brasil”. O estudo buscará compreender as contradições entre a “terra
abençoada por Deus”, o “Paraíso Terrestre” e ao mesmo tempo a “terra da
escravidão e da tortura”; a formulação da “ideologia do verdeamarelismo”; a
construção da “sociedade autoritária; e, as disputas entre os diversos projetos
de sociedade para o Brasil.
As reflexões serão apoiadas nas análises de obras de artes
que buscaram representar os contrastes da sociedade brasileira. Alguns artistas
estarão em destaque: Debret, Pedro Américo, Victor Meirelles, José Maria de
Medeiros, Benedito Calixto, Rugendas, Almeida Júnior, Antonio Parreiras, Anita
Malfatti, Portinari, Tarsila do Amaral, Cildo Meireles, Nelson Lerner.
As referências bibliográficas serão: “Brasil: Mito fundador
e sociedade autoritária”, de Marilena Chaui; “Brasil: uma biografia”, de Lilia
Schwarcz”; e, “A escravidão no Brasil”, de Joel Rufino dos Santos.
Metodologia:
Análise de textos
selecionados, análises de obras de arte, visita ao museu.
Público-alvo:
Pessoas interessadas em
Filosofia, Artes e História do Brasil; estudantes do Ensino Médio e Superior;
ativistas sociais; e, interessados em geral.
Sobre o “Mito fundador e
a sociedade autoritária”:
“Uma representação
ideológica que serve aos interesses dos que mandam e sempre mandaram em nosso
país. Uma ideia que permite, por exemplo, alguém afirmar que os índios são
ignorantes, os negros são indolentes, os nordestinos são atrasados, os
portugueses são burros, as mulheres são naturalmente inferiores, mas,
simultaneamente, declarar que se orgulha de ser brasileiro porque somos um povo
sem preconceitos e uma nação nascida da mistura de raças. Alguém pode dizer-se
indignado com a existência de crianças ou com o desperdício de terras não
cultivadas e os massacres dos sem-terra, mas, ao mesmo tempo, afirmar que se
orgulha de ser brasileiro porque somos um povo pacífico, ordeiro e inimigo da
violência. Em suma, essa representação permite que uma sociedade que tolera a
existência de milhões de crianças sem infância e que, desde o seu surgimento,
pratica o apartheid social possa ter
de si mesma a imagem positiva de sua unidade fraterna” (apresentação do livro:
“Brasil: Mito fundador e sociedade autoritária”, de Marilena Chaui).
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